TEATRO DE RUA SINOS - HISTÓRIA
O Teatro de Rua Sinos é um grupo formado por estudantes de Artes Plásticas, Letras e Filosofia, da UFPI - Universidade Federal do Piauí, mas não tem nenhuma ligação financeira com a instituição. A história do grupo começou no segundo semestre do ano de 2008 pelas salas de aula da universidade, nas disciplinas práticas onde aconteciam algumas cenas dramáticas. Nestas cenas o ator Jean Pessoa foi observando, como quem não quer nada, alguns alunos que se destacavam nas encenações e teve a idéia de convidá-los para formar um grupo de estudo. E assim foi acontecendo, em um seminário Jean fez uma encenação curta do texto "O auto do Lampião no Além", juntamente com Rafaela Fontenelle e Alinie Moura. Paixão a primeira vista! O convite foi feito às duas e as mesmas aceitaram de cara. Os seminários deram-se continuidade nos dias e semanas que se passaram, foi quando em uma outra disciplina Jean teve a oportunidade de contracenar com Thiago Saraiva, outro fera que logo de cara também aceitou o convite de fazer parte do grupo. Já eramos 4, um número bom, mas precisávamos de mais uma pessoa para assim podermos montar o texto de Sylvia Orthof: "Eu chovo, Tú choves, Ele chove". Então convidamos uma amiga do curso, Alice, que chegou a fazer algumas leituras com a gente, mas não pode ficar por conta da familia, filhos, marido. Após isso veio à cabeça de Jean a lembrava de um rapaz que mostrava-se muito interessado em fazer teatro: Cléverson Rodrigues, do curso de filosofia. Fizemos o convite e a aceitação foi imediata. Iriamos montar o texto de Sylvia Orthof em palco italiano, mas como para grupos novos e sem grana a dificuldade de se arranjar pautas em teatro sempre é muito grande, paramos, pensamos e foi lançada a proposta por Jean: "Vamos fazer teatro de rua?". Excitação geral! _Mas como assim? Diziam alguns. _Como vamos fazer esse texto na rua? Diziam outros. _Não vamos montar esse! Tenho outro texto para a gente começar de vez! Dizia Jean. Não tinhamos experiência alguma com teatro de rua, alguns nem com o próprio teatro profissional, apenas o da vida; mas mesmo assim demos as caras a tapa! Fomos! Depois de alguns dias de leitura, ensaios e mais ensaios, montamos uma parte do texto: " Três contos que vou te contar" de Lou de Olivier. A montagem se chamava: "Guimerela"; era uma sátira ao conto Cinderela. Estreamos no dia 11/10/2008 em frente a uma loja de esportes, em comemoração ao dia das crianças. Foi uma loucura! Disputávamos com sons de carros, motos que passava nas ruas, com comelôs; mas havia um público, formou-se uma meia lua para nos assistir e eram vários sorrisos. Ficamos contentíssimos após a apresentação e não paramos mais. Fizemos várias apresentações com esta peça e logo em seguida passamos a pensar num novo espetáculo. Foi quando Jean escreveu um texto, chamado: "Averdadeira história de Romeu e Julieta". Eramos 5 pessoas e o texto pedia mais 2 para completar o elenco. Foi quando Alinie e Rafaela sugeriram a atriz Isa Marília e eu convidei Alex Reis, um calouro da universidade. Tudo correu muito bem, eles logo aceitaram o convite e começamos a trabalhar. O grupo, ainda independente, custeou todo o espetáculo: figurinos, maquiagens, adereços, etc. e caiu no campo, mesmo sem propostas de contrato. Fomos às ruas, mostramos o nosso produto e choveu de compradores. A aceitação do novo trabalho, agora mais profissional por conta das experiências práticas que obtivemos nas ruas, foi muito grande e passamos 1 ano e 4 meses apresentando, viajando, trabalhando com o espetáculo. O grupo já era uma família e como em toda família há suas desavenças, no grupo Sinos não seria diferente. Afastava-se do grupo, no finalzinho de 2010, a atriz Rafaela Fontenelle e foi um baque para todos. Ninguém acreditava. O espetáculo acabou! A verdadeira história de Romeu e Julieta acabara sua turnê. O grupo se distancia por conta das férias da universidade e por falta de um novo projeto. Com esse distanciamento Thiago Saraiva emprega-se no comércio para poder sustentar sua família, ele tornara-se pai. Isa Marília passa num concurso em outro estado, Alex Reis começa a estudar em duas universidades e a dar aulas em uma academia. Ficamos em 3: Jean, Alinie e Cléverson. E agora, o que fazer? Jean, ainda presidente do grupo nesta época, viu tudo parado e decidiu movimentar o espaço; escreveu o texto: "Dona Flor e seu único futuro marido" e convidou Alinie para contracenar com ele e não deixar o grupo morrer. Ela aceitou na hora. Era um texto para dois atores, que no final das contas ficou com quatro no elenco. Motivo: eu e Alinie percebemos que não sabiamos tocar todos os instrumentos e precisavamos de sonoplastas. Convidamos Cléverson e Jeff Brito (estudante de música na UFPI). Jeff, até então, não fazia parte do grupo, mas já era um grande amigo de todos e já havia assistido todos os nossos espetáculos. Ele foi convidado para fazer o arranjo da peça Dona Flor e acabou virando ator fazendo parte do elenco. A peça estreou em fevereiro de 2011 e desde então não parou mais. Na primeira apresentação do espetáculo, o grupo convida Rafaela Fontenelle para ajudar na contra-regragem. Ela topa e observa-nos em todo o processo desde a maquiagem até o apresentação. Ao final ele diz:_ Me deu uma vontade de estar com vocês, atuando. E Jean: _ Você quer? Bastou apenas ela dizer sim e na semana seguinte ela já estava nos ensaios completando o elenco e o grupo novamente. Hoje o grupo está com pessoas fixas: Alinie Moura, Isa Marilia, Rafaela Fontenelle, Cléverson Rodrigues, Jeff Brito e Jean Pessoa. Os outros, Alex Reis e Thiago Saraiva, ainda badalam os sons do Sinos e dão suas contribuições para o grupo sempre quando podem. No mais, somos oito badalos com sons diferentes, mas que compõem uma mesma unidade.
gostei muito de saber mais sobre vcs, só sabia partes dessa bela história de encontros do "acaso" e paixão pelo teatro, sucesso e muitas "badaladas" pra vcs do sinos teatro
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